A História da Confeitaria
5/8/20243 min ler


História da Confeitaria no Mundo: da realeza ao cotidiano
Introdução
Bolos, tortas, doces e sobremesas encantam gerações há séculos — mas você já parou para pensar de onde vem a confeitaria como a conhecemos hoje? A arte de transformar açúcar, farinha e frutas em delícias é antiga, rica e cheia de curiosidades. Neste artigo, você vai conhecer a história da confeitaria no mundo, passando pelo Egito Antigo, pelas cozinhas dos reis franceses e chegando às confeitarias modernas que vemos hoje em padarias e redes sociais.
Os primeiros doces da história
Muito antes do açúcar ser comum, povos antigos já preparavam doces com o que tinham à disposição. No Egito Antigo, há registros de bolos rústicos feitos com tâmaras, mel, nozes e cereais. Na Grécia e Roma Antiga, os cozinheiros misturavam frutas secas com vinho, queijo e farinha para criar sobremesas simples, servidas em banquetes de elite.
Esses primeiros doces tinham um valor especial, geralmente ligados a cerimônias religiosas, festividades ou rituais de oferenda aos deuses. O sabor doce era considerado um luxo, já que o mel — principal adoçante da época — era caro e raro.
O açúcar muda tudo
A verdadeira revolução da confeitaria aconteceu com a expansão do uso do açúcar, que começou a se espalhar a partir da Índia, onde era produzido a partir da cana-de-açúcar. Os árabes levaram essa técnica para o norte da África e Europa, e durante a Idade Média o açúcar ainda era um ingrediente de luxo reservado às cortes e à nobreza.
Na Europa medieval, especialmente entre os séculos XII e XV, surgiram os primeiros confeiteiros profissionais. Eles preparavam doces e sobremesas para banquetes reais e eventos religiosos. O açúcar era tão valioso que chegou a ser usado como medicamento e moeda de troca.
França: o berço da confeitaria moderna
Durante os séculos XVII e XVIII, a confeitaria europeia — especialmente na França — atingiu um novo patamar. Foi na corte de Luís XIV, o Rei Sol, que surgiram as bases da confeitaria clássica. Os mestres confeiteiros começaram a experimentar técnicas mais sofisticadas: cremes, massas folhadas, merengues, glacês e caramelo passaram a compor o cardápio da aristocracia.
A figura do “pâtissier”, ou confeiteiro, ganhou prestígio e formação própria. A confeitaria passou a ser uma arte refinada, com forte valorização da estética e da apresentação dos doces.
Foi também nessa época que surgiram sobremesas que ainda fazem sucesso hoje, como a tarte tatin, o mille-feuille, o crème brûlée e os famosos bombons recheados com ganache.
A confeitaria se espalha pelo mundo
Com a Revolução Industrial, no século XIX, os ingredientes começaram a ser produzidos em larga escala: o açúcar ficou mais barato, os fornos se tornaram mais acessíveis e os utensílios de cozinha se modernizaram. Com isso, a confeitaria deixou de ser um privilégio da elite e chegou à classe média e às padarias populares.
Países como Itália, Alemanha, Áustria e Inglaterra também desenvolveram suas tradições confeiteiras:
Os italianos com seus panettones, cannoli e tiramisù;
Os austríacos com tortas elaboradas como a Sachertorte;
Os ingleses com bolos amanteigados e puddings tradicionais.
Nos Estados Unidos, a confeitaria tomou rumos próprios, criando receitas icônicas como cheesecake, brownies, cupcakes e os famosos cookies.
A confeitaria no século XXI
Hoje, a confeitaria é uma mistura de arte, ciência e criatividade. Com o avanço das redes sociais, surgiram novas tendências visuais, como bolos de andar ultra coloridos, espelhados (mirror glaze) e técnicas de decoração com buttercream, fondant e airbrush.
Ao mesmo tempo, cresce o interesse por técnicas tradicionais, fermentações naturais, confeitaria vegana, opções sem glúten e com menos açúcar. A globalização permitiu que ingredientes antes exóticos — como matchá, fava tonka e frutas amazônicas — passassem a fazer parte do repertório dos confeiteiros modernos.
A confeitaria profissional também se transformou em carreira desejada. Escolas como Le Cordon Bleu, Ferrandi Paris e o Instituto da Culinária da América formam confeiteiros que ganham reconhecimento internacional.
Conclusão
A história da confeitaria mostra como os doces sempre fizeram parte da cultura humana: seja como símbolo de celebração, luxo ou expressão artística. Ao longo dos séculos, a confeitaria passou de simples misturas de mel e frutas a uma arte complexa, cheia de técnicas e emoções.
Seja você um confeiteiro iniciante, apaixonado por sobremesas ou profissional da área, conhecer essa história é essencial para valorizar suas raízes e se inspirar a criar novas experiências doces no presente.
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